
Descubra quem foram os faraós mais importantes do Egito Antigo, como governavam, seus legados e os mistérios que ainda cercam essas figuras enigmáticas.
O que era um faraó?
O faraó era o soberano supremo do Egito Antigo, considerado não apenas rei, mas também uma divindade viva. Ele era o elo entre os deuses e os homens, responsável pela ordem cósmica (ma’at), pela justiça, prosperidade e proteção do reino.
O termo “faraó” deriva do egípcio antigo per-aa, que significa “grande casa”, inicialmente uma referência ao palácio real, e só mais tarde foi utilizado como título para o monarca.
1. Narmer: O Unificador do Egito
Narmer, também conhecido como Menés, foi o primeiro faraó do Egito unificado por volta de 3100 a.C. Ele é famoso por unir o Alto e o Baixo Egito e estabelecer a primeira dinastia, dando início ao que conhecemos como o Período Dinástico Arcaico.
Sua existência é registrada na famosa Paleta de Narmer, onde ele é retratado com as coroas das duas regiões.
Fonte: Wilkinson, Toby. Early Dynastic Egypt, Routledge, 1999.
2. Quéops: O Construtor da Grande Pirâmide
Quéops (ou Khufu) foi o segundo faraó da 4ª dinastia e reinou por volta de 2580 a.C. É conhecido principalmente por ter encomendado a construção da Grande Pirâmide de Gizé, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Apesar de seu nome estar eternamente ligado à grandiosidade arquitetônica, pouco se sabe sobre sua personalidade, pois existem poucos registros contemporâneos ao seu reinado.
Fonte: Lehner, Mark. The Complete Pyramids, Thames & Hudson, 1997.
3. Hatshepsut: A Faraó Mulher
Hatshepsut foi uma das poucas mulheres a assumir o trono como faraó, e não como rainha-consorte. Ela governou com poder absoluto durante a 18ª dinastia, por cerca de 20 anos, e é lembrada como uma das mais bem-sucedidas governantes do Egito.
Seu templo mortuário em Deir el-Bahari é uma das construções mais belas da Antiguidade. Após sua morte, tentaram apagar seu legado, removendo seu nome de registros oficiais e monumentos.
Fonte: Tyldesley, Joyce. Hatchepsut: The Female Pharaoh, Viking, 1996.
4. Akhenaton: O Faraó Herege
Akhenaton (ou Amenhotep IV) promoveu uma das maiores revoluções religiosas do Egito Antigo. Durante seu reinado, instituiu o culto exclusivo a Aton, o disco solar, abolindo temporariamente o politeísmo tradicional egípcio.
Ele também transferiu a capital para uma nova cidade, Akhetaton (atual Amarna). Após sua morte, os faraós seguintes restauraram o antigo panteão e procuraram apagar sua memória.
Fonte: Redford, Donald. Akhenaten: The Heretic King, Princeton University Press, 1984.
5. Tutancâmon: O Rei Menino
Famoso não por seus feitos políticos, mas por sua tumba descoberta quase intacta em 1922 por Howard Carter, Tutancâmon assumiu o trono ainda adolescente e reinou por apenas cerca de 9 anos.
Ele restaurou os antigos deuses do Egito após o reinado de Akhenaton, mas sua morte precoce, aos 19 anos, ainda gera teorias. Sua máscara funerária é um dos artefatos mais icônicos da história.
Fonte: Reeves, Nicholas. The Complete Tutankhamun, Thames & Hudson, 1990.
6. Ramsés II: O Grande
Ramsés II, da 19ª dinastia, é um dos mais famosos e poderosos faraós do Egito. Ele reinou por 66 anos e liderou inúmeras campanhas militares, incluindo a famosa Batalha de Kadesh contra os hititas.
É creditado a ele uma enorme produção de templos e estátuas, como o complexo de Abu Simbel. Muitos estudiosos acreditam que ele pode ter sido o faraó do Êxodo bíblico, embora isso seja controverso.
Fonte: Kitchen, Kenneth. Pharaoh Triumphant: The Life and Times of Ramesses II, Aris & Phillips, 1982.
Conclusão
Os faraós do Egito Antigo foram mais que reis: foram símbolos da união entre o mundo humano e o divino. Suas vidas, conquistas e mistérios ainda fascinam o mundo moderno e continuam sendo tema de pesquisa e debate.
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