Existe vida sem oxigênio? Sim — e ela está mais perto do que você imagina

Durante muito tempo, acreditou-se que todos os animais multicelulares precisavam de oxigênio para sobreviver. Afinal, a respiração celular é uma das bases da biologia moderna. Mas essa ideia foi desafiada recentemente com a descoberta de um ser vivo que quebrou completamente essa regra: o Henneguya salminicola.

Quem é esse organismo?

O Henneguya salminicola é um parasita microscópico que vive dentro de peixes, como o salmão. Ele faz parte de um grupo conhecido como mixozoários, parentes distantes das águas-vivas. O que o torna especial é que ele não possui mitocôndrias — as organelas celulares responsáveis pela conversão de oxigênio em energia nas células animais. Isso significa que ele não respira da maneira tradicional.

Como ele sobrevive sem oxigênio?

Em vez de utilizar oxigênio, esse parasita obtém energia diretamente do corpo do hospedeiro por meio de fermentação, um processo raro em animais. Essa estratégia o torna incrivelmente eficiente em ambientes com pouco oxigênio, como os tecidos internos dos peixes, onde ele vive escondido.

Essa descoberta muda a biologia?

Sim — e profundamente. Até então, a presença de mitocôndrias era considerada um requisito para a vida animal. A descoberta do Henneguya salminicola mostra que a vida é mais adaptável do que imaginávamos. Isso também tem implicações para a astrobiologia: se há animais que vivem sem oxigênio na Terra, talvez existam formas de vida em outros planetas que sobrevivem em ambientes extremos.

Outros exemplos de vida em extremos

Além dele, já conhecemos bactérias que vivem em ambientes extremos como fontes hidrotermais a 100ºC, lagos ácidos e até nas camadas superiores da atmosfera. Mas entre animais multicelulares, o Henneguya é um caso raro e revelador.

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